BLOGUE DAS BIBLIOTECAS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO MARTINHO (SANTO TIRSO)

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domingo, 8 de junho de 2014

História de um caracol que descobriu a importância da lentidão


Este livro nasceu de uma pergunta de criança: “Porque é tão lento o caracol?” Luis Sepúlveda, que na altura não soube responder ao seu neto Daniel, prometeu-lhe no entanto que haveria de encontrar uma explicação. Cá está ela.

Aqui se conta a rebeldia de um caracol que queria ter nome e não percebia a razão por que era tão lento. Pediu ajuda ao mocho de olhos fechados. “Abro-os à noite e vejo tudo o que há; durante o dia fecho-os e assim vejo tudo o que houve.”
Disse-lhe a ave que era lento porque carregava um grande peso. Ela própria carregava lembranças que a impediam de voar. O caracol não se convenceu e seguiu viagem. Lentamente, muito lentamente. Seria um outro animal de igual lentidão, a tartaruga, que lhe daria as respostas certas e as perguntas que lhe faltavam. Foi também ela, que se chamava Memória, que batizou o caracol com o nome Rebelde.


O autor conta a história numa linguagem poética e o ilustrador ilumina-a com expressividade e imaginação. Um ambiente bucólico percorre o livro, mas Paulo Galindro dá-lhe notas de humor. O caracol há de voltar a casa, o País do Dente-de-Leão, mais sábio e corajoso. Com ele, os companheiros vão saber finalmente o que é a liberdade. Mas devagarinho.

in Blogue "Letra pequena"

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