Um livro de olhares
“Dois meses antes da minha viagem a São Francisco estava em casa e o telefone tocou durante o pequeno-almoço. Era muito cedo, as árvores tinham soltado a noite havia momentos e o toque sobressaltou-me como acontecia com os simulacros de incêndio no colégio. Quando atendi, um homem apresentou-se e disse-me que era pintor. A sua voz e o nome pareceram-me remotamente conhecidos. Tinha um apelido composto que não consegui perceber porque estava meio adormecida, mas soou como o sibilar de uma serpente. Disse-me que estava a preparar uma retrospetiva da sua obra e queria que eu lhe escrevesse um texto para o catálogo.“
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