BLOGUE DAS BIBLIOTECAS DO AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÃO MARTINHO (SANTO TIRSO)

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sábado, 5 de fevereiro de 2022

PNL2027 - Um autor por mês

 Albert Camus



Albert Camus nasceu em Mondovi, na Argélia, a 7 de novembro de 1913, durante a ocupação francesa. O seu pai era francês nascido na Argélia e a sua mãe, também nascida na Argélia, era de origem minorquina.  Albert Camus era muito pequeno quando perdeu o seu pai que morreu, em 1914, na batalha do Marne, durante a Primeira Guerra Mundial.

Licenciado em Letras, no ramo de Filosofia, apresentou uma tese sobre Santo Agostinho e Plotino. A doença, porém, impossibilitou-o de levar a bom termo o concurso para a «agrégation». Teve diversos empregos: vencedor de acessórios de automóveis, meteorologista, empregado num escritório.

Camus já revelava nessa época a sua paixão pelo teatro. A ele se deve a fundação de um grupo de teatro, L’Équipe, chegando a reservar para si o desempenho de alguns papéis.“ Participou na Resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial e foi então um dos fundadores do jornal de esquerda Combat. Foi escritor, filósofo, romancista, dramaturgo, jornalista e ensaísta. Na política esteve envolvido, de forma ativa, na Resistência Francesa, pode considerar-se um homem comprometido com a situação política do seu tempo. Camus morreu em janeiro de 1960, vítima de um acidente de automóvel. Na mala do carro encontrava-se o manuscrito de O Primeiro Homem, um romance autobiográfico. “Por uma ironia do destino, nas notas ao texto, ele escreveu que aquele romance deveria ficar inacabado.” Encontra-se sepultado no cemitério de Lourmarin, em França.

 





«Não sou filósofo, e por isso não posso falar senão daquilo que vivi. Vivi o niilismo, a resistência, a violência e a vertigem da destruição. Ao mesmo tempo, festejei o poder de criar e o esplendor da vida. Nada me autoriza, por isso, a julgar de uma forma sobranceira a época com a qual sou inteiramente solidário. Julgo-a a partir do seu interior, confundindo-me todos os dias com ela. Mantenho, no entanto, o direito de dizer sempre aquilo que sei sobre mim e sobre os outros, na condição única de que tal não sirva para aumentar a insuportável infelicidade do mundo, mas sim para designar, nos muros obscuros que vamos tacteando, os lugares ainda invisíveis ou as portas que podem ser abertas.» 
 in Actuelles II, 1953






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