Um livro de Natal
“– Um feliz Natal, tio! Deus o abençoe! – exclamou uma voz bem disposta.
Era a voz do sobrinho de Scrooge, que apareceu à sua frente tão de repente que este foi o primeiro sinal da sua aproximação- Bah! - disse Scrooge. – Disparates!
Esse sobrinho de Scrooge aquecera-se ao caminhar apressadamente por entre o nevoeiro e a geada, e estava afogueado; a face rosada e graciosa; os olhos brilhavam e da sua respiração exalava vapor.
- O Natal, um disparate, tio? – disse o sobrinho de Scrooge. – Não está a falar sério, pois não?
- Estou pois – disse Scrooge. Feliz Natal! Que direito tens tu de estar feliz? Que razões tens para estar feliz? És pobre.
- Então- respondeu o sobrinho alegremente - , e que direito tem o tio para estar triste? Que razões tem para ser tão rabugento? É suficientemente rico.
No calor do momento e à falta de melhor resposta Scrroge repetiu “ Bah!” e concluiu com “Disparates”.
- Não se zangue, tio! – disse o sobrinho.
- Como queres que não me zangue – respondei o tio-, se vivo num mundo de doidos como este? Feliz Natal!”
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