Um livro abrigo
“Na padieira sobre a minha porta pode ler-se 1656, um ano de peste, o ano da minha construção. Fizeram-me em pedra e madeira mas, com o correr dos anos, as minhas janelas começaram a ver, e as minhas cornijas a ouvir. Vi famílias a crescer e árvores a cair. Ouvi risos e pistolas, conheci tempestades, martelos e serras e, por fim, o abandono. Depois, um dia, umas crianças aventuraram-se sob a minha sombra, à procura de cogumelos e castanhas, e eu ganhei uma nova vida no dealbar da idade moderna. Esta é a minha história do século vinte, contada do cimo do velho monte. “
Sem comentários:
Enviar um comentário