(Escola Amiga da Criança)
Uma língua traz-nos no ventre muitos séculos. Nos últimos nove meses, os da gestação, começamos a escutar o seu timbre, o seu ritmo, a sua métrica. Sem darmos conta, a língua alimenta-nos, agasalha-nos, estamos nela mergulhados, na sua água, no seu calor.
Um dia essa língua dá-nos à luz. Logo a seguir conforta-nos, beija-nos, para adormecermos embala-nos com uma canção. Quanto mais a língua nos brinca e nós brincamos com ela, quanto mais nos canta e nos conta, mais entra aos poucos, sempre um pouco mais, no mais dentro de nós. Começa a viajar-nos a língua e a confundir os sons dela com os nossos. (continuar aqui)
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