(Escola Amiga da Criança)
A minha “língua” tem a idade que eu tenho. Ou melhor, esta fala que me diz – oral, escrita – é da minha idade. Mas, herdeiro que sou, ela é filha de uma Língua com mais de oito séculos, um idioma afinal tão antigo como é jovem. Recriando Pessoa apetece escrever: tão jovem, que jovem é. Pois só uma Língua assim “jovem” e pujante é capaz de prosseguir a sua deriva em relação ao Galego-Português, em especial a partir do século XIV, constituindo-se como fator de independência e unidade nacional, de se apurar e estabilizar no século XVI e de continuar hoje a viajar(-se) em cada falante, em cada um dos lugares do mundo onde é usada, em cada grande livro escrito em Português, em cada canção neste idioma. (...)
José António Gomes
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